quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cântico no Coração


Falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Efésios 5:19, 20, NVI

Enquanto crescia, pertenci à Sociedade dos Missionários Voluntários. Parte da lei desse grupo permaneceu comigo através dos anos: “Ter sempre um cântico no coração.”

Embora não seja vocalista, sou afinada e sempre gostei de música. Nos últimos anos, aprendi que manter um cântico no coração é importante para o meu bem-estar. Aprecio a moderna música de louvor que glorifica a Deus por Suas extraordinárias características. Ela me conduz eficazmente ao louvor e à adoração. Recentemente, porém, Deus renovou meu interesse pelos hinos antigos da igreja. Existe na letra dos hinos antigos uma substância que nutre minha alma. Assim como os salmos de Davi, eles falam à minha necessidade imediata. Verbalizam os pensamentos para os quais não encontro palavras.

Meu esposo e eu somos líderes de oração em nossa igreja e dirigimos os momentos de oração no culto de quarta-feira. Recentemente, contei ao meu grupo como Deus continua a me falar através da letra do hino preferido de minha mãe: “Filhos do Pai Celeste”. Deus me faz lembrar que minha verdadeira identidade não é a de uma mulher que está envelhecendo, mas de uma amada filha do Rei. Perguntei ao grupo se alguém tinha uma história sobre um hino que houvesse causado impacto em seu relacionamento com Deus. Sim, muitos tinham!

Assim, começamos uma série centralizada em histórias de hinos que tocaram o coração e a vida de modo especial. Ao concluirmos cada momento devocional, o grupo canta o hino daquela noite. Com a mente cheia da mensagem do hino, dividimo-nos em grupos para orar.

Talvez encontrássemos uma profunda renovação de alma se, junto com nossa busca de renovação no culto, também procurássemos hinos antigos para nos encher o coração.

Os cânticos têm o poder de soar e ressoar dentro de nossa mente, elevando o coração continuamente ao Deus de toda a sabedoria e conforto, Aquele que está rodeado por milhões e milhões de anjos cantores. Agora é o tempo de aprender esses cânticos, como preparativo para nos unirmos ao potente coral no Céu. Tenhamos sempre um cântico no coração!

Carrol Johnson Shewmake

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A música que agrada ao Céu - Voce saberia dizer?

Qual o tipo de música mais apropriada para louvar a Deus?

“Crer e observar tudo quanto ordenar; / O fiel obedece ao que Cristo mandar.” Algum tempo atrás, em meu devocional, deparei-me com uma lembrança importante: somos chamados “filhos de Deus”. Pus-me, então, a pensar na grande responsabilidade que me pesa nos ombros conhecer e aplicar essa realidade. Filho de Deus! Ele, que tem sob Seu comando todo o Universo, Se preocupa comigo, um insignificante pecador, tão pequeno ante a magnitude da obra criada pelo Pai... Sim, Ele é nosso Pai! Ele Se preocupa com Seus filhos. Por isso, deixou importantes recomendações para nossa proteção e referência. Cabe a nós, como filhos obedientes, prestar atenção a todos os sábios conselhos deixados com um amor infinitamente maior do que o de um pai terrestre.

Mas o assunto é Música. Por que começar um artigo sobre esse assunto dessa forma? Fácil. Somos desobedientes. Somos egoístas. Mas por que somos assim? Isso também é fácil. O inimigo de nossas almas não nos quer obedientes. Aliás, o significado de “alma” (nephesh, no original hebraico) é entidade provida de personalidade e escolha. Só que escolhemos mal. Deus deseja que tenhamos condições de aprimorar nossa personalidade através de escolhas prudentes, alicerçadas nas instruções paternas à nossa disposição.

Tenho ciência da imensa dificuldade de escrever para irmãos meus que têm bastante conhecimento musical. Também tenho ciência da existência de músicos “tradicionais”, “moderados” e “liberais”, termos esses criados não faz muito tempo, para “diferenciar” um músico do outro. Mas tenho ciência do mais importante: só há dois caminhos – um certo e um errado. Quanto a isso, por incrível que pareça, todos concordam. Porém, há uma condição: “Não mexam em minha música!”

Por que deve prevalecer a minha vontade, e não a de Deus, se, quando sou batizado, faço o seguinte voto: “Conheço e compreendo os princípios bíblicos fundamentais, conforme ensinados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia”, e “é meu propósito, pela graça de Deus, cumprir Sua vontade, ordenando minha vida de acordo com esses princípios”?

Talvez seja necessária uma oração ao Pai agora, pedindo-Lhe iluminação e submissão, porque, na verdade, muito do que temos oferecido como louvor não passa de estratagemas do inimigo por conta de seus intentos em ampliar ao máximo a apostasia iminente entre o povo escolhido por Deus.

Lúcifer foi criado e dotado com os mais excelentes recursos musicais jamais imaginados pelo homem. Ele dava apenas uma nota e todo o coro angelical se punha a cantar. Isso, para os que dirigem grupos vocais, é realmente difícil. Só um grupo muito bem treinado poderia desenvolver tal recurso. E ele tinha mais: era um querubim cobridor, além de estar apenas abaixo de Deus e Jesus, no Céu. Mas ele queria ainda mais. Olhou para si, desenvolveu o egoísmo e almejou um lugar de mais destaque. E foi expulso do Céu, com todos os anjos por ele enganados. Alguém disse, uma vez, que Satanás hoje é o maior músico na face da Terra. E é verdade. Ele realmente sabe de tudo, e certamente usará a música para procurar enganar a você e a mim.

Mas, se há realmente um interesse especial de Deus quanto à música praticada por nós, como ela deve ser, se há somente o certo e o errado?

Em primeiro lugar, o Manual da Igreja nos diz que “grande cuidado deve ser exercido na escolha da música. Toda melodia que pertença à categoria do jazz, rock ou formas correlatas, e toda expressão de linguagem que se refira a sentimentos tolos ou triviais, serão evitadas. Usemos apenas a boa música, em casa, nas reuniões sociais, na escola e na igreja” (p. 180). Isso significa que a liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia desaprova qualquer tipo de música que nos faça lembrar os ritmos musicais descritos acima. Mas por quê?

Ellen G. White escreveu, em seu livro Patriarcas e Profetas, que “a música faz parte do culto a Deus nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O devido treino da voz é um aspecto importante da educação, e não deve ser negligenciado. O cântico, como parte do culto religioso, é um ato de adoração, da mesma forma que a prece. O coração deve sentir o espírito do cântico, a fim de dar-lhe a expressão correta” (p. 594).

São várias as aplicações que podemos retirar desse texto. A primeira é, sem dúvida, a mais questionada pelos músicos da atualidade. Aliás, devo dizer-lhe que uma ordem divina não deveria ser questionada, mas aceita e incorporada à nossa vontade. Estaremos dispostos a isso? Pergunta-se por aí: “Mas como é a música no Céu? Que referência existe na Terra para nos servir de parâmetro?” Com profundo amor, meu amigo, gostaria de sugerir que pegue seu CD (ou DVD) preferido, coloque em seu aparelho e o ponha para tocar. Agora, feche os olhos, e imagine seu anjo cantando no lugar daquele(a) cantor(a). Procure imaginá-lo sentado junto a uma bateria, marcando fortemente o ritmo, de preferência contrário ao ritmo natural que toda música tem. Mais ainda, esforce-se para visualizar seu anjo protetor, representante divino e seu melhor amigo, tendo dificuldade para ir para casa porque seus fãs querem tirar uma foto, ter seu autógrafo, comprar seu CD pop-gospel (lançamento)... Você consegue realmente imaginar essas cenas? Se não consegue, por favor, admita: a música praticada por você não é para agradar a Deus, mas para alimentar seu ego, agradando o inimigo de nossas almas.

Uma segunda aplicação é que a irmã White fala da harmonia dos coros celestiais. Pergunto: harmonia e coro são palavras adequadas para identificar a prática do solo nos cultos que apresentamos a Deus atualmente? Aliás, a irmã White nos orienta que devemos evitar essa prática. Por que se insiste tanto em questionar ordens dadas por Deus, aquele a quem dizemos que direcionamos nosso “louvor”?

Terceiro, se o pastor, separado para um ministério específico, antes de assumir o púlpito, faz curso de oratória, homilética, teologia bíblica, hebraico e grego, entre tantos outros, a fim de apresentar seu sermão de forma clara e buscando alcançar uma alma sedenta pela verdade, por que a música pode ser apresentada sem preparo técnico nem (e principalmente) espiritual? Sei o que estou falando. Já vi a atitude de muitos que afirmam ser usados por Deus: ao serem anunciados para ir à frente, levantam-se sorrindo, na passagem sorriem para outros, como a dizer: “Agora é a minha vez!” E quando terminam, nem sentam de novo para participar da adoração como todos fazem. Precisam divulgar seu “trabalho” (em pleno sábado...) para as pessoas. Não me interprete errado, mas pensei que a música servisse para ensinar doutrina... Que ela deveria ser uma benção tanto quanto um excelente sermão... E ainda justificam suas práticas afirmando que Deus sabe o que está no coração. E como isso é o mais importante, não importa a forma como se deve adorar...

Devemos ter consciência de que Deus sabe de nossas capacidades e de nossas limitações. Mas Ele sabe também que está à nossa disposição toda a orientação divina publicada quanto à adoração. Cabe a nós ser humildes o suficiente para reconhecer nossas limitações e buscar o conhecimento necessário para um louvor aceitável.

Irmão, leia o que a própria escritora falou em outra oportunidade: “Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos completamente inadequados ao culto na casa do Senhor. As notas prolongadas e os floreios, comuns nas óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cânticos de louvor entoados em tom natural. Unem-se a nós nos cânticos em que cada palavra é pronunciada claramente, em tom harmonioso. Eles combinam o coro, entoado de coração, com o espírito e o entendimento” (Evangelismo, p. 510).

As expressões abaixo, sua definição e aplicação são um forte auxílio para que compreendamos os motivos para a orientação recebida do Céu.

Ad libitum. Essa expressão aparece na partitura de algumas óperas e outras formas musicais. Refere-se principalmente às partes dos solistas, nas quais eles têm liberdade de interpretação, aparte da contagem rítmica. As notas musicais (sons definidos, com nome e altura) podem ser identificadas nesse tipo de recurso vocal. É o que chamamos coloratura. Em geral, isso faz com que o solista seja exaltado pela plateia porque ele pode mostrar ali todo o seu virtuosismo. Ou seja, ato egoísta. Meu caro, veja se isso não se assemelha à prática, infelizmente, muito comum em nossas mais diversas reuniões, denominada melisma. Nesse recurso, pior ainda, não há a possibilidade de identificarmos as notas musicais. Entendo que muitas vezes as pessoas não conseguem alcançar notas mais agudas, por isso fazem uma pequena curvatura nelas, até as definirem. Mas se não alcançam, por que não experimentam cantar aquelas músicas que sabem que não precisarão de um “jeitinho”? Aliás, esse jeitinho já virou, como disse certa vez um amigo, um “contorcionismo vocal”. Devo dizer que é difícil imaginar os anjos cantando dessa maneira. Se cada palavra deve ser pronunciada claramente, em tom harmonioso, para que serve o melisma?

Alguns afirmam ainda que se adéquam ao mercado atual. Deus precisa disso? Deus precisou se adequar aos Seus filhos, ou Ele deu ordens específicas de como deveria ser o serviço “aceitável ao Senhor”? A única coisa de Deus que conheço é que “Eu, porém, não mudo”. Quem somos nós, então, para querermos mudar as coisas que Ele criou? Sabe o que Deus pensa, quando agimos assim, com arrogância e autossuficiência? A resposta encontramos em Amós 5:21 e 23: “Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não Me exalarão bom cheiro. Afasta de Mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas.”

Quero lhe deixar alguns conselhos. Atenda ao chamado de Cristo, quando disse: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” Mas, se você não consegue fazê-lo da forma como sabe ser o que Deus espera, então procure outra atividade, como auxiliar na instrução dos desbravadores; ofereça-se para ajudar no diaconato, no trabalho missionário, na assistência social... Trabalho para todos não faltará, até que Ele venha.

“A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, p. 57)

Nesse mesmo livro, na página 40, a irmã White nos diz que “aqueles que desejam comunicar verdade, devem por sua vez praticar seus princípios. Apenas refletindo o caráter de Deus na retidão, nobreza e abnegação de sua vida, poderão eles impressionar os outros”.

As escolas dos profetas foram uma instituição divina, e “os principais assuntos nos estudos destas escolas eram a lei de Deus, com as instruções dadas a Moisés, história sagrada, música sacra e poesia. [...] Não somente se ensinava aos estudantes o dever da oração, mas eram eles ensinados a orar, a aproximar-se de seu Criador e ter fé nEle, compreender os ensinos de Seu Espírito, e aos mesmos obedecer” (ibidem, p. 47).

Não sejamos como Jonas. Temos instruções claras do que devemos fazer. O fim está muito próximo para querer experimentar outros caminhos. Não é mais tempo de “novas tendências”. Os marcos antigos devem ser restaurados, e não reformados. A reforma deve ser feita, sim, em nosso coração. Estamos nós dispostos a isso?

(Aurélio Ludvig é professor de Educação Musical no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas [Ifam]. Passou a infância em Novo Hamburgo, RS, e hoje é membro da Igreja Adventista de Cachoeirinha, em Manaus, AM. É pianista congregacional e dirige um grupo musical feminino)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sobre a Música com Bateria e o Reavivamento Espiritual

Para aqueles que ainda têm dúvida sobre o assunto, existe um sábio conselho que diz: “Na dúvida, não ultrapasse”.

Os tempos de mornidão espiritual que vivemos na igreja não são ocasionados pela música sem instrumentos de percussão, como a bateria. Os motivos declarados por Ellen White são bem claros: “Prezados Irmãos e Irmãs: O Senhor mostrou-me em visão algumas coisas concernentes à igreja em seu atual estado de mornidão, as quais vos passo a relatar. A igreja me foi apresentada em visão. Disse o anjo à igreja: "Jesus te diz: 'Sê zeloso e arrepende-te'." Apocalipse 3:19. Esta obra, vi, deve ser empreendida com sinceridade. Há alguma coisa de que arrepender-se.

O espírito mundano, o egoísmo e a cobiça têm estado a corroer a espiritualidade e a vida do povo de Deus. O perigo do povo de Deus, durante alguns anos passados, tem sido o amor do mundo. Disto têm brotado os pecados do egoísmo e da cobiça. Quanto mais tiram deste mundo, tanto mais aí colocam suas afeições; e ainda se esforçam por obter mais.” Testemunhos Seletos, vol.1, pág. 40. É a condescendência com o mundo e o pecado que tem levado a igreja a um estado de letargia espiritual.

Não devemos confundir um culto animado com muitas músicas cheias de percussão, onde todos cantam com aparente alegria, com o reavivamento espiritual que esperamos; isto é um erro. O verdadeiro reavivamento é produzido por um profundo amor pela verdade, que nos levará a praticá-la. Retornaremos à mesma piedade exercida pelos cristãos no início da igreja cristã. A função do Espírito Santo é nos mostrar a verdade, e não nos levar ao entorpecimento emocional através da música. (João 16:13).

Tomando por base o derramamento da Chuva Temporã nos dias dos apóstolos para a Chuva Serôdia que esperamos, notamos que eles estavam reunidos com orações e súplicas (Atos 1:14), e não tocando e cantando músicas que poderiam levar a um culto irracional. Fazendo uma análise da música no Novo Testamento, notamos que esta não teve influência, apenas fazia parte dos cultos de adoração, e, ao que parece, nem instrumentos eram utilizados; mesmo assim não deixavam de viver a alegria nos cultos. (Atos 2:37-47).

O que está faltando na igreja hoje é a falta de espiritualidade e amor pela verdade, e não música mais animada. Isto, repito, é um erro. O que a igreja precisa é de Cristo e isto só é alcançado mediante muita oração. O reavivamento virá quando a igreja se dispuser a orar, precisamos ter mais cultos de oração e menos shows.

O verdadeiro reavivamento é totalmente diferente do que tem sido advogado por muitos, pois acham que o reavivamento é produzido pela emoção ocasionada pela música. Leia estas citações: “Avivamentos populares são muitas vezes levados a efeito por meio de apelos à imaginação, despertando-se as emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente.

Conversos ganhos dessa maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade bíblica, pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o culto assuma algo de caráter sensacional, não lhes oferece atração. Não é atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus, que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério.” Reavivamento e Seus Resultados, pág. 9. “Em muitos dos reavivamentos ocorridos durante o último meio século, têm estado a operar, em maior ou menor grau, as mesmas influências que se manifestarão em movimentos mais extensos no futuro.

Há um reavivamento apenas emotivo, mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para desviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza desses movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar o crente e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é dada a bênção de Deus. E, pela regra que o próprio Cristo deu - "por seus frutos os conhecereis" (Mat. 7:16) - é evidente que esses movimentos não são obra do Espírito de Deus.” Idem, pág. 10

Utilizar instrumentos mundanos para alavancar a obra é um erro, e isto tem sido demonstrado desde a corrupção da igreja relatada em Apocalipse 17. Estes métodos não convertem o mundo à igreja, mas sim a igreja ao mundo.

Na igreja, em todas as suas épocas de maior reavivamento espiritual, a bateria estava excluída, então por que só agora ela se torna necessária para o reavivamento? Será que a igreja se tornou tão morna que precisa ser despertada ao som de tambores?

Alguns argumentam que Ellen White não deixou nada específico quanto ao uso de tambores no templo, e que isto seria motivo para usá-lo. Quanto a isto gostaria de deixar bem claro o seguinte: Ellen White combateu os erros existentes em sua época, e a bateria não era utilizada no templo para adoração em sua época. Houve alguns problemas com respeito ao órgão, e quanto a este, ela aprovou totalmente o seu uso.

Não podemos comparar o órgão com a bateria, principalmente em seus efeitos na mente humana, mas ela fez profecias quanto aos erros posteriores que viriam a acontecer e um deles era justamente o uso de tambores e música ruidosa pouco tempo antes de fechar a porta da graça. Para aqueles que acreditam em suas profecias e em seus ensinos este é um forte argumento para se colocar contra este instrumento, ou será que ela errou?

Um exemplo disto acontece com alguns tipos de alimentos existentes hoje e que seriam facilmente rejeitados por ela para o consumo dos adventistas. Se ela fosse viva hoje, alguns que seriam reprovados com facilidade são os refrigerantes, os sucos em pó, os alimentos tipo fast-food e muitos outros. Então deixemos de ser meninos espiritualmente, pois estes alimentos são vilões da saúde humana e isto é quase uma unanimidade entres os médicos.

Normalmente quando se fala deste assunto, os defensores da bateria acusam aqueles que se colocam contra ela como sendo fanáticos e que são contra as mudanças, e colocam em pauta a tal tradição. Quanto ao fanatismo, quero dizer que Ellen White considerou fanatismo o acontecimento em Indiana, e fez uma profecia quanto ao futuro sobre o mesmo fanatismo, em Eventos Finais, pp. 159 e 160. "Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida.

Deus convida Seu povo, que tem a luz diante de si na Palavra e nos Testemunhos, a ler e considerar, e dar ouvidos. Instruções claras e definidas têm sido dadas a fim de todos entenderem. Mas a comichão do desejo de dar origem a algo de novo dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a influência dos que seriam uma força para o bem, caso mantivessem firme o princípio de sua confiança na verdade que o Senhor lhes dera." Mensagens Escolhidas, pág. 38.

Interessante notar que os textos utilizados para argumentar de maneira favorável ao uso da bateria são todos no Antigo Testamento, quando o mesmo não ocorre aos argumentos contra. Não quero me colocar contra o Antigo Testamento, de forma alguma, mas precisamos notar que certos pontos do Antigo Testamento foram influenciados pelo paganismo existente entre o povo hebreu; alguns deles são a poligamia, o beber bebidas alcoólicas, possuir escravos, existência de guerras e muitos outros; inclusive o uso de tambores que foi, comprovadamente, herdado do paganismo.

Deus tolerava estas coisas, mas não as aprovava. A luz Divina é concedida progressivamente, mas alguns teimam em regredir. Então os que colocam o tambor como coisa nova na música é que estão retornando ao passado, enquanto deveriam estar buscando uma melhor perfeição na música para que cheguemos a imitar a música celeste.

Todos nós somos livres para fazer o que desejarmos, mas lembre-se que “cada um dará contas de si mesmo diante de Deus”. Romanos 14:12.

Que Deus Abençoe a Todos

Escrito por Hilton Robson Oliveira Bastos

sábado, 1 de janeiro de 2011

Anderson Ramos e Regina Mota - Dá-nos mais poder